Trump diz que buscará aumentar as penas de morte nos EUA durante seu governo

Presidente eleito dos EUA afirmou que vai ordenar ao Departamento de Justiça que aplique o máximo possível condenação máxima em casos de estupros e assass...

Trump diz que buscará aumentar as penas de morte nos EUA durante seu governo
Trump diz que buscará aumentar as penas de morte nos EUA durante seu governo (Foto: Reprodução)

Presidente eleito dos EUA afirmou que vai ordenar ao Departamento de Justiça que aplique o máximo possível condenação máxima em casos de estupros e assassinatos. Na segunda (23), Biden cancelou pena de morte para 37 dos 40 condenados pela Justiça federal do país. O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fala em ato para jovens em Phoenix, no Arizona, em 22 de dezembro de 2024. Rick Scuteri/ AP O preisdente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (24) que vai ordenar ao Departamento de Justiça dos EUA que busque ao máximo conseguir penas de morte durante sua gestão. Trump, defensor declarado da pena de morte, disse que vai direcionar ao departamento que busque (através de procuradores) que a Justiça condene "estupradores, assassinos e monstros" ao corredor da morte. A declaração de Trump foi feita um dia depois de o atual presidente, Joe Biden, aliviar a sentença de 37 dos 40 condenados pela Justiça federal dos EUA que estão atualmente no corredor da morte. Biden transformou a condenação do grupo, que era de pena de morte, em prisão perpétua. Desta forma, Donald Trump não poderá retomar as penas de morte para esse grupo de condenados quando tomar posse, no fim de janeiro de 2025. Ao longo da campanha e depois de ser eleito, o republicano já vinha falando sobre expandir as execuções de condenados nos EUA. Alívio da pena de morte Biden anula pena de morte de 37 condenados pela Justiça americana Segundo o anúncio de alívio da pena de morte feita por Joe Biden na segunda-feira, apenas três dos 40 condenados à pena de morte ainda enfrentarão a execução: Dylann Roof, que executou os assassinatos racistas de nove membros negros da Igreja AME Mother Emanuel em Charleston, na Carolina do Sul, em 2015; Dzhokhar Tsarnaev, autor do atentado na Maratona de Boston de 2013; e Robert Bowers, que atirou fatalmente em 11 fiéis da Sinagoga Tree of Life de Pittsburgh em 2018, o ataque antissemita mais mortal da história dos EUA. "Essas comutações são consistentes com a moratória que meu governo impôs às execuções federais, em casos que não sejam terrorismo e assassinato em massa motivado por ódio”, disse Biden em um comunicado. “Dediquei minha carreira a reduzir crimes violentos e garantir um sistema de justiça justo e eficaz”. Pena de morte vem perdendo apoio nos EUA, mas 53% ainda são a favor Em 2021, o governo Biden anunciou uma moratória sobre a pena de morte federal para estudar os protocolos usados, que suspenderam as execuções durante o mandato. Ele fez uma provocação política a Trump, dizendo: “Em sã consciência, não posso recuar e deixar uma nova administração retomar as execuções que eu interrompi.” Em um discurso anunciando sua campanha de 2024, Trump pediu que aqueles “pegos vendendo drogas recebam a pena de morte por seus atos hediondos”. Mais tarde, prometeu executar traficantes de drogas e de pessoas e até elogiou o tratamento mais severo da China aos traficantes de drogas. Durante seu primeiro mandato como presidente, Trump também defendeu a pena de morte para traficantes de drogas.